O poeta Cesar Ataíde foi um dos mais importantes integrantes da Galeria do Povo DF no final dos anos 1970 e início da década de 1980. Ativo, criativo e dono de uma sensibilidade literária ímpar, Cesar contribuía com suas poesias e suas manifestações literárias todos os finais de semana, produzindo obras que chamavam a atenção de todos e cujas mensagens, além de atemporal, traziam explicitas a rebeldia e ousadia do escritor engajado nas lutas de seu tempo, libertário e solidário. 

Cesar Ataíde fala sobre o movimento Galeria do Povo DF no vídeo abaixo. Assista.

Uma longa conversa com os poetas Cesar Ataíde e Soter

A Galeria do Povo DF esteve reunida com os poetas brasilienses Cesar Ataíde e Soter no restaurante Voo Livre, no Cruzeiro Novo, numa longa conversa sobre arte e cultura, principalmente na área da literatura. Cesar e Soter tiveram atuação importante e destacada no movimento cultural nas décadas de 1970 e 1980 junto com outros poetas e escritores que fazem parte do legado cultural da capital do país. Eles integraram as edições históricas da poesia marginal nos livros “Os Porretas”. Atualmente Soter é editor independente e Cesar Ataíde curte uma hibernação poética em protesto ao “desaculturamento do povo brasileiro”. Ele encerrou suas publicações com “Meu último caderno”, sua última obra poética publicada.

Paulo Estanislau e Marcus Ottoni ancoraram o bate papo que durou mais de três horas e rendeu um excelente documentário para a memória cultural do Distrito Federal.  Assista um trecho do encontro da Galeria do Povo DF com os dois poetas brasilienses Cesar Ataíde e Soter.

Tributo a Ney Valença relembra a trajetória do artista com muita emoção

Helenice recebe a placa comemorativa do evento das mãos dos amigos de Ney: Leal, Claudia, Joel e Rejane

A Galeria do Povo DF realizou no domingo, 1º de dezembro, o Tributo a Ney Valença reunindo amigos e parentes do homenageado numa festa simples, mas carregada de emoção e recordações de um dos mais criativos artistas de Brasília, Ney Valença. A homenagem da Galeria do Povo DF aconteceu no Residencial Santos Dumont, em Santa Maria.

O evento teve a participação de artistas que conviveram com Ney em sua trajetória literária e musical no Cruzeiro Novo nas décadas de 1970 e 1980, quando a Galeria do Povo DF realizava suas apresentações ao ar livre no espaço verde da quadra 203. O quarteto composto por Joel Andrade, Leal Carvalho, Claudia Ottoni e Rejane Oliveira deu o tom do show cantando musicas de Ney e recordando a apresentação que realizaram juntos no espetáculo “Cogitação”, apresentado no auditório da escola estadual no Cruzeiro Novo em 1977.

Também foram lidas pelos poetas Paulo Estanislau e Marcus Ottoni poesias de Ney Valença que era membro da Academia Cruzeirense de Letras, onde ocupava a cadeira número 18 cujo patrono é Olavo Bilac. Durante o show foram entregues à esposa do homenageado, Helenice Sampaio (ela mora no Rio de Janeiro e veio à Brasília especialmente para participar do Tributo a Ney Valença), letras das músicas de Ney datilografadas e assinadas pelo próprio autor e uma placa comemorativa de evento.

O Tributo a Ney Valença contou com a parceria da Prefeitura Comunitária do Residencial Santos Dumont, com o apoio da Administração Regional de Santa Maria e do deputado distrital, Claudio Abrantes, líder do Governo do DF na Câmara Legislativa. Também emprestou seu apoio e colaborou muito com a organização do evento, Amauri Pessoa, assessor político do gabinete da liderança do Governo. 

Participaram do evento organizado pelos dirigentes da Galeria do Povo DF, Paulo Estanislau e Marcus Ottoni, as duas irmãs de Ney, Vânia e Marisa; o irmão Rui Valença; a filha Tatiana Rosa; a cunhada Nadia Regina e a esposa do homenageado Helenice Sampaio. Também marcaram presença os dirigentes da Prefeitura Comunitária do Residencial Santos Dumont: o prefeito Olacir Alves, o vice-prefeito Francisco Aguiar e os diretores Antônio Arruda, Ana Lucia, Zezé Custódio e Jerônimo Costa, além de populares que acompanharam o show.