sexta-feira, 30 de agosto de 2019

"Rebeldia dos Excluídos" em sua fase de produção


O projeto “Rebeldia dos Excluídos” está em sua fase de produção com a coleta de depoimentos, pesquisa midiática, recuperação de imagens e documentos e elaboração dos textos para o livro, dos vídeos para o documentário e a estruturação do show ao ar livre em comemoração aos 41 anos da primeira exposição da “Galeria do Povo”, no Cruzeiro Novo, no tapume do Colégio Ciman.

Paulo Estanislau e Marcus Ottoni, responsáveis pela implantação do mais importante movimento de arte e cultura livre do Distrito Federal nas décadas de 70/80, no Cruzeiro, que lançou luz na escuridão do oficialismo cultural do período militar brasileiro, estão empenhados em resgatar a história da “Galeria do Povo” como forma de repor a verdade da atividade cultural na capital federal e o legado deixado pelo movimento que serviu de exemplo e modelo para outros similares que foram implementados em várias cidades de Brasília.



quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Galeria do Povo: a história escrita com arte e rebeldia


Cruzeiro, o único bairro de Brasília formado por residências horizontais germinadas, começou a nascer em 1958. A sua criação teve o intuito de receber servidores públicos de média renda vindos de outros estados para trabalhar na futura capital.  Em 1968 começa a nascer o Cruzeiro Novo, uma extensão do Cruzeiro, porém formada por edificações verticais de quatro pavimentos de moradia. 

Daí então, a população, à sua maneira, dividiu o Cruzeiro em dois bairros: Cruzeiro Velho, o de casas, e Cruzeiro Novo, o de apartamentos.  Sendo que, por força do Decreto nº 10.972 de 30.12.87, a data de fundação (Bairro/Região Administrativa) passou a ser 30 de novembro de 1959.

Este ano, portanto, o Cruzeiro completa sessenta anos de existência, e a “Galeria do Povo” comemorará, em dezembro, 41 anos de sua primeira exposição ao ar livre no Distrito Federal, mais especificamente, no Cruzeiro Novo. 

A Galeria do Povo foi o primeiro movimento cultural independente realizado na capital do país, livre de quaisquer algemas oficiais. Onde todo sentimento, expressão cultural, artística e política eram igualmente livres e incensuráveis. Esse era, e sempre será, o conceito. E assim foi naquele verão de 1978, um tempo sombrio da ditadura militar.

Nós, os membros daquele revolucionário e maravilhoso movimento, não poderíamos deixar de homenagear o Cruzeiro e a Galeria do Povo nesse momento de comemoração por esse longevo período de vida.  Para tanto, estamos preparando um livro/documentário contando a história da “Boba da Corte” e seu período de existência no Cruzeiro e na capital federal. 

Com o título “A rebeldia dos excluídos”, a publicação trará, além da história do movimento, suas apresentações, imagens da época, registro jornalístico e depoimentos de artistas, intelectuais, jornalistas, músicos, atores e todo o pessoal que integrou a Galeria do Povo, fazendo dela um celeiro de novos talentos e a voz dos excluídos da capital do Brasil, transformando a manifestação artística em ferramenta de liberdade e consciência política.

Outra ferramenta que lançamos mão é o portal da Galeria do Povo de Brasília ( galeriadopovo.blogspot.com ), com o objetivo de interagir com a sociedade e divulgar o movimento dos anos 70/80 e seu legado. “Rebeldia dos Excluídos” é um livro/documentário escrito por duas cabeças; quatro mãos, vinte dedos e um único ideal: democracia e liberdade”, define o jornalista Marcus Ottoni. “Um movimento que se transformou na “Flecha da Rebeldia” e que espalhou um vírus que até hoje contamina o Distrito Federal: arte e cultura livres”.  complementa Paulo Estanislau.



sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Formatando o portal da Galeria do Povo



Dia produtivo. Durante toda a manhã da sexta-feira, 23, estivemos, Paulo e Marcus, trabalhando na formatação do portal da Galeria do Povo e nos projetos que deverão ser alavancados pelo movimento.

Além do portal, também conversamos sobre o projeto dos 41 anos da instalação da Galeria do Povo no Distrito Federal, no Cruzeiro Novo, em 1978, quando impulsionamos os movimentos culturais na capital do Brasil, rompendo as amarras do silêncio e da censura as verdadeiras manifestações da arte e cultura, tuteladas pelos governos militares e pela acomodação cultural imposta na época.

Vale ressaltar que o resgate desse movimento está sendo elaborado com a participação de todos que estiveram conosco naquele tempo e nos ajudaram a construir um movimento com a legítima cara da liberdade e contra toda e qualquer forma de opressão, repressão ou censura. Fomos, e ainda somos, os guardiões da arte livre e da cultura sem amarras, sejam vermelhas, azuis, verdes ou negras.

A Galeria do Povo deverá estar novamente nas ruas reunindo os talentos da cidade e resgatando a liberdade de expressão artística e cultural sem os ismos e logismos dos tempos que se seguiram ao romper do novo dia, quando, de braços dados com o povo brasileiro, conseguimos trazer de volta para o Brasil dezenas de brasileiros exilados em outras pátrias, além de reconstruir a democracia no chão verde e amarelo, apeando os militares do Poder e garantindo para toda a sociedade o direito soberano de escolher nosso presidente por meio do voto livre, secreto e universal.

Estaremos de volta ao cenário cultural do planalto central, onde estivemos e de onde nunca saímos.


terça-feira, 13 de agosto de 2019

CHAMAMENTO DA GALERIA DO POVO


Que venham 

As rendeiras

Os cantadores

Os meus amores

Vocês pintores

Os cantadores

Os cancioneiros

O poeta urbano

O poeta rural

O sanfoneiro

O saxofonista

O pistonista

Você artista

Alma do povo

Reflexo

Amplexo

Homem sem nexo

Anexo

O nome

O corpo

A voz

A manifestação!

(Eduardo Alexandre -Dunga)